Datada de 23 de agosto de 1956, funcionou até meados de 2000, quando foi
desativada, juntamente com todos os equipamentos elétricos da ferrovia.
A subestação possuía dois conjuntos de motor-gerador. Acredito que existia um esquema de revezamento entre eles. Enquanto um estava trabalhando, o outro estava ocioso ou em manutenção. A ilustração abaixo demonstra o aspecto do equipamento.
Sistema de geração de energia instalado na Itália.
O motor AC (no centro do conjunto) movia os dois geradores de corrente direta (direita e esquerda do conjunto), onde, cada um, gerava 1500V CC. Com a ligação em série dos dois, a tensão era somada, chegando aos 3000V CC, aplicada na catenária da linha. Os equipamentos eram tão robustos que poderiam trabalhar com sobrecarga de 150%, durante duas horas, sem problemas. Outra grande vantagem do sistema era o ajuste de tensão automático, tendo carga ou não na rede.
Outro sistema semelhante, instalado em Chicago/EUA e por sinal, muito bem preservado.
Dentro da subestação, um dos rotores já desmontado.
Outro rotor, que foi retirado de seu local de origem.
Os moto-geradores ficavam no piso superior do edifício, sobre as estruturas de concreto.
A estrutura de concreto eram separadas fisicamente do prédio,
não havendo nenhuma ligação das paredes com o suporte.
Cobertura do prédio e as vigas de suporte da ponte rolante.
Nem os domos dos exaustores forma perdoados. Parece que o
pessoal não estava interessado só no cobre dos equipamentos.
Porta de serviço.
Local onde ficava o transformador. Não sobrou nem a carcaça dele.
Entrada de alimentação da subestação.
E por sorte, no mesmo dia, fui até a estação de Avaré/SP e consegui a foto dos mancais dos moto-geradores. Não sei se é da subestação de Bernardino de Campos, mas foram retirados de algum lugar...
Para esclarecer o desligamento das subestações e seu desmonte, consegui duas matérias que sairam no jornal Estado de São Paulo, no dia 29/05/2000.
Infelizmente esta é a triste história de equipamentos que ajudaram no desenvolvimento do Estado de São Paulo e hoje não passam de sucata. Não sobrou nada para contar a história, nem para deixar no museu.